sábado, 26 de janeiro de 2013

Carta aberta - Ensino Público


Amiga, sua formação acadêmica e profissional a habilita a analisar esta questão. Que maravilhoso o seu colégio.  Até senti inveja, eis que fiquei com vontade de correr, brincar e comer essas mangas. Aliás, ... mangas a rumo... significam muitas mangas, que se pode a ter dar? Que legal, estudar filosofia nos três anos de ensino médio, por isso, aguçou em você o seu senso de reflexão sobre a vida e os problemas sociais? A graduação na Universidade Federal, Mestrado Na USP e Doutorado na UNICAMP. De outro lado, você pontua o vício da sociedade de se querer um ensino melhor, mas não dá uma contrapartida ao Estado? Enquanto o Estado não fornece estrutura didática, técnica e melhores salários aos docentes. As escolas de ponta citadas, escolas militares federais, Universidades Federais, escolas técnicas federais, a, USP, o IME, o ITA são exceções que confirmam a regra? Ou, são exemplos da generalidade do ensino público? Parece-me que dá para contar nos dedos entidades de ensino público de excelente qualidade as já referidas e o que dizer para a generalidade do ensino público? O Estado então procura soluções: aprovação automática ( é melhor o aluno sem capacidade estudar do que se evadir..), vários turnos numa escola (poucas horas, mas garante o ensino de um número maior de aluno, paga-se mal os professores e temos mais profissionais (insatisfeitos e a qualidade destes docentes, o número de exoneração é grande na categoria?, cria-se cotas para solucionar os desníveis sociais (cotas de tudo..). Na Constituição obriga-se um ensino para o ensino fundamental, inclusão social, atendimento à gestante, ao neonatal etc. Será que há acomodação do cidadão em exigir e escolher mal seus representantes, no momento das eleições? Os mais abastados têm seus filhos nos colégios particulares de ponta e depois passam em USP’s, colégios militares, IME, ITA, conseguem classificações em Faculdades que são custeadas fora do Brasil, muitos não voltam ao Brasil.... Não será que os cursos de excelência é fruto de discentes de ponta....? Eu não tive uma formação acadêmica boa, pelo contrário: estudei em um colégio público pequeno no subúrbio pobre do RJ, as deficiências eram várias, porque até os professores não queriam ser lotados naquela escola (longe da zona sul ou outros bairros), o ponto ápice era a merenda. Isto me lembro muito bem: todos comiam avidamente, a comida preparada pela merendeira (um amor), nossa até hoje lembro que comida mais gostosa, hoje eu sei po que? Era feita com amor? É, não estou sendo piegas: angu com carne moída, macarrão e salsicha, arroz, peixe e pirão.... Muitos repetiam até acabar a comida. Os professores não se esforçavam em dar aulas, estavam com a ideia para que? Vale a pena? Estudei muito sozinha. A Biblioteca não era visitada, além de ter poucos livros. .. Ninguém indicava livros, até porque quem teria dinheiro para comprar? Para o ensino médio fiz provas para vários colégios: Colégio Pedro II (neste, ainda, no ensino fundamental e fui reprovada), Escola técnica federal, estadual.... Como eu passei no Estadual e era perto da minha casa do subúrbio lá fui eu.... No ensino médio era uma falta imensa de professores, eles não gostavam de ensinar, consegui com uma tia comprar livros e ficava estudando... Virei autodidata. No vestibular das turmas de terceiro deste colégio, dois somente conseguiram passar para UFRJ e poucos conseguiram passar em Faculdades particulares. Quem não conseguiu passar começou logo a trabalhar. Eu consegui passar em Direito na UFRJ, onde me formei. Não tinha dinheiro, almoçava em casa, para não gastar em lanches na rua... Com auxílio de parentes consegui comprar livros e novamente fui autodidata. Na Faculdade, não consegui sequer uma amizade, eis que eram abastados e não gostavam de pobres... Sinceramente, nunca liguei,  porque eu tinha sede de saber... Quando terminei não consegui trabalhar em escritório. Advoguei, pouco, mas sozinha, novamente autodidata. Passei em concurso público e comecei a ganhar o meu dinheiro, portanto, estudei ainda mais, porque eu comprava livros e estudava. Passei em mais dois concursos, o último estou há quase  dezenove anos. Continuo com sede de saber e vivo comprando livros e estudando. Fiz quatro Pós-Graduação (três, sou especialista). Será uma compulsão? Ou, uma vontade de dizer: se estou, aqui, é porque fui autodidata.
 
Por último, estou fazendo graduação de Histórica em Faculdade particular e pago as mensalidades. Mas, já me estendi o bastante, aliás, foi deixar para minha autobiografia rsrs..

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Existe professor com p minúsculo....

Vou contar uma experiência que me marcou na adolescência.
Eu estudei em colégio público e já mencionou em outra postagem no blog.
Bem, na época do vestibular, o professor de Matemática Financeira, além de faltar, ministrar mal as aulas, elaborou uma prova dificílima...
Somente eu e mais um amigo conseguimos a nota 5 na prova.
Fizemos várias reclamações na Coordenação da Escola...
Mas o pior e que ele em sala de aula em tom desafiador disse: - Eu não vou ensinar para vocês, que são pobres, moram longe e, ainda, concorrem com o meu filho no vestibular.
Bem, tem gente que é pobre sim, mas de essência...
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Fofoca tem gênero?

Bem, o que eu quero inquirir se o emissor da fofoca tem gênero?
É, porque sempre afirmam que fofoca é "coisa" de mulher...
Pelo menos sempre ouvi esta afirmação...
Na condição de chefe eu pude observar que a fofoca faz parte das práticas sociais de homens e mulheres.
A fofoca é  o meio de marketing negativo no qual o emissor propala algo que, normalmente, fere a reputação alheia...
Os motivos são vários: invenja, disputa de poder, etc.
Mas o gênese da fofoca é que o emissor em nenhum momento se coloca do lugar do outro...
Reflitam....

sábado, 5 de janeiro de 2013

A forte....

Não sei quando, meus familiares e amigos me intitularam como uma pessoa forte...
Meus amigos, este troféu é uma abacaxi...
Por que?
Despejam em você: tristezas, raivas, invejas etc.
E no final, afirmam com a "boca cheia": você é forte.
Dá vontade de gritar: NÃO SOU...
Tenho medo, quero colo, quero chorar, sou uma pessoa normal ou anormal, se quiserem....
Bemm, dei o meu recado.